quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Começa Agosto... Quantas possibilidades se iniciam?

Lá fora fazia frio, o transito fluiu muito bem, cheguei ao Centro de SP ainda faltava um minuto para as 7h00 da manhã, tomei um café com leite servido num daqueles copos americanos em que se serve pinga para me aquecer no boteco de sempre, paguei com uma nota de 10,00 ( era tudo o que eu tinha na carteira), apressada ouvia ao noticiário e a repórter dizia que a polícia tem entrado em muitos conflitos com bandidos e que alguma coisa precisa ser feita ...

Fiquei pensando o que pode ser feito, quais são os caminhos para livrar a sociedade destes conflitos? Pensei que a resposta poderia estar em outros países onde temos um índice de educação mais elevado e um menor índice de violência...

Tem muita gente investindo seu tempo nestes estudos como por exemplo a economista Kalinca L. Becker (http://www.usp.br/agen/?p=138948), que analisou a redução da criminalidade através de investimentos em educação em sua tese de doutorado.

Penso que a única maneira de mudarmos o mundo é através da educação e mais profundo do que investir em educação é fazer com que as pessoas desejem ser educadas, que a educação seja como a bolsa LV, as mulheres desejam e quando não podem comprar uma original ainda assim investem 150,00 numa "réplica"comprada na famosa 25 de março aqui em SP, e embarcam satisfeitas em ônibus e trens lotados na capital, precisamos que a educação seja desejada como aquelas motos ou óculos que ouvimos nas letras do  funk ostentação...  Mas mais do que criar escolas, ajudar professores, instrumentalizar as instituições, treinar os profissionais, precisamos tornar a educação e conhecimento desejáveis, e que além de todo conhecimento acadêmico e sistêmico tenhamos também uma retomada dos valores...

O que houve com os pais que educavam seus filhos? O que houve com os professores que enfrentavam as crianças pirracentas e os ensinavam que naquele espaço (a sala de aula), o rei era o professor? O que houve com os pais que apoiavam os professores ao complementar o ensino de suas crianças em casa (Eu fui para a primeira série sabendo ler e escrever e minha mãe nunca frequentou a escola e eu nem sou lá o exemplo de pessoa bem sucedida), mas perae.... tem alguma coisa errada minha gente!

Tem muitos deles perdidos por aí, calados pelo borburinho caótico da passividade, do medo, do desejo de fazer diferente do que seus pais fizeram, gente que quer educar?? mas que não quer perder tempo ensinando... Gente que quer ter filho bem sucedido e coloca a criança na frente da TV para não ter que se envolver com a educação, deixa que a TV faça, deixa que o professor faça, deixa que a sociedade faça, agora vamos recriminar a policia que prendeu o zezinho, menino bão... não terminou a escola, não aprendeu a trabalhar, afinal criança não trabalha...

Não sou a favor de pai espancar filho, nem de palmatória, mas acredito que se a sociedade não se reformular e cada um assumir seu papel como educador, a família (Tenha lá a formação que tiver, mãe solteira, casal homo, casal hetero, avós que são mães, isso pouco importa), mas essa família precisa ensinar valores as suas crianças, penso que se crescer errado, vai ser muito difícil arrumar, é como construir uma casa, se não fizermos sapatas e colunas que suportem a construção ela vai ruir, e se o fizermos mal feito, a solução será derrubar e refazer pq não dá pra consertar...

Educação é a mesma coisa! Temos que alicerçar essa molecada, mostrar que a vida é muito mais que uma bolsa LV, um óculos de marca...

Eu adoro moda, acho que o rolezinho é um fenômeno social  que precisa ser analisado com mais profundidade, mas hoje eu só pensei sobre a possibilidade de deixar pra esse mundo pessoas melhores... como fazer com que a sociedade mude??  Alguém vai ter que começar...

Já vimos como não funciona, que tal testarmos a possibilidade de fazer diferente e quem sabe alcancemos os resultados esperados... Mais Educação para promover menos violência, menos miséria, menos indigência mental, que tal?

Vamos tentar? comece pelo que for fácil para você, de bom dia, de passagem, faça uma gentileza por dia, ajude seu filho nos estudos, entenda as dificuldades dos professores, imponha sua autoridade, seja pai, seja irmão, seja tio, seja um cidadão responsável.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

As Melhores Coisas da Vida

Todos os dias eu acordo ás 5h00 da manhã, preguiçosamente desligo o despertador, saio vagarosamente de baixo do cobertor, escovo os dentes e lavo meu rosto numa água tão gelada que facilmente poderia chama-la de glacial...

Vinte minutos depois de levantar, estou eu lá, no corredor mau iluminado do meu prédio tentando trancar a porta do meu apartamento e rezando para que nenhum morcego decida sair do telhado da caixa d'agua e dar um voo rasante bem em cima da minha cabeça (Sim eu tenho medo de morcegos).

Desço desajeitadamente os oito lances de escada enquanto ainda estou vestindo o casaco, (lá fora tem feito um frio danado, saio sempre nos 11 graus), caminho até a esquina onde embarco no onibus fretado que me levará ao trabalho, no caminho até o ponto (uns 300 metros)... sigo organizando meus pensamentos, bato um papo com Deus, olho a Lua todos os dias e é sempre como se fosse a primeira vez (Acho a Lua uma coisa muito Linda!!), passado essa fase romantica do inicio meu dia, vem a realidade... 

No fretado um tiozinho que deve tomar uns 5 copos de Whisky toda noite, (Pensem no cheiro), senta na poltrona da Janela, e eu na poltrona do corredor, o cotovelo dele insiste em passar para o meu lado do banco, ali começa o meu terror...

Todos os dias eu me deparo com  esse certo tipo de gente, no ingles quando usamos o termo ( a kind of person), estou me referindo a alguém excepcional, alguém fora de série, aquele tipo de pessoa que a gente torce a vida inteira pra conhecer e permanecer com ela durante longos períodos, mas em português, quando falamos aquele tipo de pessoa, rs ... é algo ruim...

Pois é, eu me deparo com esse tipo de gente o tempo todo, mas tenho dúvida por alguns instantes se elas são assim, ou se estão assim...

O que faz uma pessoa não respeitar outra pessoa? O que nos faz empurrar para entrar no metro ou no trem? O que nos faz não dar o lugar ao idoso, não ajudar o deficiente a atravessar a rua, não elogiar as pessoas, não parar na faixa de pedestre, não dar bom dia a quem nos presta serviços como servir nosso café na padaria, varrer a calçada por onde passamos ou coletar o nosso lixo?

Talvez, eu esteja fazendo a pergunta errada... a pergunta certa é o que nos faria respeitar as outras pessoas, tratar com gentileza aos outros?

Bem eu não tenho esta reposta, mas tenho tentado expandir a mensagem de um mundo melhor, no fretado que pego, as pessoas agora esperam as outras descerem, e foi uma atitude que eu comecei... é incrivel como aos poucos as pessoas passaram a ser mais gentis umas com as outras naquele momento, no trem eu sempre peço licença ao invés de empurrar, mas ainda não sinto as mudanças, sempre dou bom dia! aos guardas, Garis, Garçonetes, e procuro elogiar as pessoas que estão a minha volta ...

Acredito na força dos pequenos gestos e confio que há uma energia de troca no universo muito poderosa que devolve pra nós com maior intensidade tudo aquilo que a gente emana.

Desejo que você ao ler este texto também propague boas coisas e que mesmo que você não perceba o retorno imediato não desista dos seus valores e do TIPO DE PESSOA, que você é! Tenho certeza que você é a kind of person.